Maestro voluntário da região recebe homenagem na Câmara

O projeto nasceu dentro dos muros de uma escola do Jabaquara, mas logo abriu as portas à comunidade e se tornou um exemplo de educação social por meio da música. Desde 2014, o maestro Guilherme Henrique Acca dos Santos assumiu as baquetas da EMEF Armando de Arruda Pereira para dar uma oportunidade única aos jovens do bairro.
De acordo com o músico voluntário, o projeto atende atualmente cerca de 140 alunos, de todas as idades, que moram na região. Lá eles aprendem a tocar vários tipos de instrumentos, principalmente de percussão e sopro. Para ele, a proposta é ir além de ensinar simples notas musicais. “Esse projeto é importante pelo lado social. É totalmente voluntário e expandido para a comunidade, seja para alunos ou ex-alunos da escola. É um projeto que tira as crianças da rua e dá oportunidade aos jovens carentes”.
O maestro Guilherme recebeu uma homenagem, na quarta-feira (25), na Câmara Municipal de São Paulo. Ele foi agraciado com o ‘Voto de Júbilo’ do Legislativo paulistano, que reconhece pessoas e instituições que promovem a melhoria da qualidade de vida na cidade. “Estou até meio bambo. Mas tenho pessoas incríveis ao meu lado, gente que prestigia nosso trabalho, inclusive nas redes sociais. Então esse reconhecimento é muito satisfatório”, disse.
A diretora da escola, Ana Lucia Cersosimo Costa, também fez questão de destacar o viés social do projeto. “Acho muito importante essa coisa da música na escola porque tira a criança da rua. Eles [alunos] participam e gostam de estar lá dentro. Sentem-se apropriados do espaço público e a família também participa. Com isso toda a comunidade se sente acolhida”.
A estudante Valquíria Braz Severo da Silva, de 13 anos, confirma as palavras de Ana Lucia. A menina tem aula de música quatro vezes por semana, inclusive aos domingos. Depois de aprender a tocar trompete, ela diz que realizou um sonho. “Desde muito pequena eu via as bandas por aí e já tinha esse sonho. Passei por uma fase muito difícil na minha vida. E isso foi uma forma que encontrei de não estar na rua”, disse a jovem.

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