Com festa Jabaquara comemora 60 anos

Um dos mais tradicionais bairros de São Paulo, o Jabaquara, está em festa para comemorar 60 anos. Para celebrar o aniversário, neste final de semana, programações especiais prometem agitar os moradores do bairro. No sábado (27), das 9h às 13h, acontecerá a Feira da Saúde, no Terminal Jabaquara, que fica na Rua dos Comerciários, 126. Já no domingo (28), das 10h às 17h horas, atrações prometem agitar os munícipes e celebrar a data em grande estilo.
A ocasião, também irá comemorar um ano da implementação do Marco da Paz no bairro e contará com um ato ecumênico, homenagens, atrações musicais e outros divertimentos para os moradores da região.
A ação, que acontece em conjunto com o CAMP (Centro de Aprendizagem e Monitoramento Profissional) Jabaquara, também contará com uma caminhada das mulheres, em celebração ao Mês do Transtorno do Espectro Autista, com trajeto que partirá, às 9h, do CEU Caminhos do Mar, Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5241, partindo para Praça Padre José Conceição Meireles, onde está localizado o Marco da Paz.
Estão previstas para o evento, que acontecerá também na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 2314, 250 pessoas, de acordo despacho da Subprefeitura obtido pela reportagem.
Localizado na Zona Sul, o Jabaquara tem uma longa história de ocupação, cujo nome em tupi significa algo como “toca de fuga”, rocha ou buraco, e já abrigou a sesmaria do Padre José de Anchieta e, depois, quilombos que refugiava negros foragidos das fazendas.
O Aeroporto de Congonhas e o Jardim Botânico, além do acesso estratégico a duas importantes rodovias como a Anchieta e a Imigrantes, e as estações do metrô Conceição e Jabaquara, que inclui o terminal rodoviário do mesmo nome, tem atraído pessoas que desejam moram numa região com fácil acesso e transporte público de qualidade por essa razão o bairro tem crescido vertiginosamente. Tendo 1964 como ano de fundação a história do distrito, no entanto, começa bem antes, ainda no século 17.
Parte da presença negra no bairro e na cidade de São Paulo pode hoje ser revisitada no Acervo da Memória e do Viver Afro Brasileiro, que fica na rua Nadra Raffoul Mokodsi. No mesmo local, encontra-se a construção mais antiga do Jabaquara, o Sítio da Ressaca, construído em taipa de pilão e datado de 1719. Tido como um exemplar de casa bandeirista, o Sítio da Ressaca foi tombado no ano de 1972 e restaurado entre os anos de 1978 e 1986.
Ainda no século 17, o hoje bairro do Jabaquara também servia como ponto de descanso para os viajantes, que tinham como destino as regiões de Santo Amaro e Borda do Campo, o que começou a atrair fazendeiros e sitiantes, que passaram a abrir estabelecimentos agrícolas e comerciais nos arredores.
No fim do século 19, a Prefeitura de São Paulo instalou na região o Parque do Jabaquara, o que também contribuiu para a popularização da região. Destinado a passeios e piqueniques, o parque tinha cerca de 2,5 milhões de metros quadrados, ocupando cerca de 20% do território que hoje abriga o distrito do Jabaquara. Atualmente, o Parque não existe mais. Dele, sobraram apenas algumas áreas verdes remanescentes, como o Parque Lina e Paulo Raia.
Construída em 1940, uma das mais tradicionais e visitadas igreja de São Paulo, a Igreja de São Judas Tadeu foi elevada à condição de Santuário, em 1990, pelo arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, que também teria contribuído para a atração de novos moradores à região.
Consta na história que antes da década de 1940, São Judas Tadeu contava apenas com uma Capela em sua homenagem. Contudo, a fama do Santo das Causas Perdidas cresceu a passos largos, o que levou à construção da primeira igreja. Vinte anos depois, teve início a construção do segundo templo, que foi concluída em 1980.
Hoje, segundo dados da Prefeitura de São Paulo, a região do Jabaquara conta com uma população de mais de 230 mil habitantes, distribuídos em 14.06 Km².
Vale dizer que o Jabaquara tem também bons hospitais em seu entorno, como uma unidade do Hospital São Luiz e o Hospital da Criança. Para saúde pública, há três Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya.

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