Professora voluntária volta à sala de aula por amor ao ensino

Com o objetivo de melhorar a auto-estima dos alunos e ofertar um novo começo para eles, a professora Maria Terezinha Braga, de 66 anos, dedica dez horas por semana ao trabalho voluntário de alfabetização de adultos no Jabaquara. Ela os ensina a ler, escrever e acreditar em si mesmos.
São quatro dias por semana, durante duas horas e meia, uma sala de reuniões nos fundos da sede da entidade social Seicho-No-Ie é transformada em sala de aula de um pequeno e dedicado grupo de alunos desde 2008. Sem remuneração financeira a pedagoga afirma que o maior salário é ver o resultado de seu trabalho.
Nascida em Assis, no interior de São Paulo, Terezinha abandonou a escola com 13 anos, quando se mudou com os pais para a Capital e encontrou trabalho como cabelereira. Aos 22, ela se casou e seguiu na profissão, primeiro como funcionária, depois com seu próprio salão de beleza. Só retornou à sala de aula aos 42, quando já estava separada e seu primeiro filho já estava na faculdade. A vontade de estudar veio de sua atuação na Seicho-No-Ie, uma filosofia criada no Japão em 1930 e da qual a paulista é adepta há 35 anos.
Como atuava como palestrante, representando a entidade pelo Brasil, ela sentiu a necessidade de conseguir uma formação. “Eu tinha complexo, pensava: ‘meu Deus, eu nunca estudei’. Eu precisava crescer, porque a gente faz palestra pra todo tipo de pessoa.”
Depois que entrou no supletivo, em 1992, ela seguiu estudando pelos 15 anos seguintes. Depois de dois anos de supletivo, começou o magistério aos 44 anos, em uma das últimas turmas. “Me formei em 1999 no magistério, e em 2000 já comecei a dar aula, até 2005. Mas antes de eu terminar eu comecei a faculdade de pedagogia”, lembra Terezinha. O diploma na graduação veio em 2007.
Qualquer pessoa, com qualquer nível de ensino, pode se inscrever para as aulas gratuitas oferecidas por ela. A Seicho-No-Ie Jabaquara fica na avenida Eng. Armando de Arruda Pereira, 1266 – Jabaquara.

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