Tribunal de Contas vai vistoriar pontes e viadutos da cidade

O acidente com o viaduto que cedeu 2 metros na marginal Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, na quinta-feira (15), acendeu o alerta vermelho para a situação dos outros viadutos da cidade. Os complexos viários necessitam de inspeções rotineiras para mapeamento de danos estruturais devido ao uso constante. Segundo especialistas, tais inspeções devem ser feitas anualmente, regularidade que não é cumprida, basta olhar a situação precária dos complexos existentes em nossa região. Entre os problemas encontrados estão afastamento das vigas, infiltrações, buracos e ondulações, além de sujeira e bueiros obstruídos.
Depois de ter sido suspensa por questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Município, foi aberta, no último dia 9, licitação para contratação de empresas que irão desenvolver projetos estruturais e executivos de requalificação e laudos técnicos para manutenção de 33 pontes e viadutos.
Em entrevista, Domingos Dissei, conselheiro do TCU falou do empenho do órgão em ajudar na recuperação do viaduto da Marginal e dar o suporte para evitar futuras tragédias. “Desde agosto o Tribunal de Contas vem analisando essas obras na cidade e agora vamos fazer uma força tarefa com a auditoria para dar seriedade a este processo e ter um análise minuciosa das condições estruturais dos viadutos e pontes da cidade. Isso é de suma importância. O Tribunal vai colaborar e muito para que a gente possa executar as obras necessárias e evitar que aconteça esse tipo de tragédia e que a cidade não tenha esse tipo de prejuízo”, afirmou o conselheiro.
O Complexo Viário da Escola de Engenharia Mackenzie dá acesso a Anchieta, Sacomã entre outros locais e recebe grande fluxo de veículos pesados como caminhões e ônibus. O viaduto é um sinal do descaso dos órgãos. As placas de sinalização estão apagadas e precisam de manutenção. Uma placa na cor azul já não possui indicação para onde o motorista vai. As junta de dilatação estão desnivelada Parafusos estão soltos e o barulho é perceptível quando o veículo trafega pelo viaduto.
Carros já quebraram eixo e muitos motoristas já tiveram pneus furados. “Na parte de baixo do viaduto o cano que drena água foi quebrado. É um viaduto importante, merece uma atenção especial. É um perigo iminente”, alerta João Eudes, presidente do Núcleo Maio.
Ainda na parte de baixo do viaduto um buraco está servindo de abrigo para pombos e passarinhos. “A falta de manutenção acarreta diminuição da vida útil da estrutura ou mesmo a perda de sua funcionalidade”, finaliza João.

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