Com bateria Realce, bloco Filhos de Gil estreia lotado na V. Mariana

A ideia de três músicos de fazer um bloco para homenagear Gilberto Gil ganhou rapidamente a simpatia dos foliões e levou muita gente para as ruas da Vila Mariana, na segunda-feira (12) de Carnaval. O cordão que nasceu com ares de bloco de família, lotou mais que o esperado e chegou a interditar a Sena Madureira no sentido que não estava previsto.
“Tem mais gente do que nós esperávamos, mas está legal. Escolhi o bloco por causa da localização mas também pelo estilo de música”, afirmou Juliana Madela, de 38 anos, que estava com a filha de um ano e dez meses.
Inicialmente, o bloco parou muito, por falta de espaço. Depois que o sentido Vila Mariana da Sena Madureira foi interditado, os foliões se espalharam e o trio fluiu melhor. O designer Raoni azeredo, de 32 anos, veio do Butantã. “Queria fugir um pouco do ‘Que tiro foi esse’ [hit da Jojo Toddynho].”
E ele certamente fugiu. Além de músicas clássicas do Gil, teve muito Caetano Veloso, Dominguinhos e Luiz Gonzaga.
Entre as músicas do homenageado, as que mais empolgaram foram “Expresso 222”, “Palco”, “Menina baiana” e “Andar com fé”, todas tocadas por uma bateria batizada de Realce, referência à faixa-título de um disco lançado em 1979. Na esquina da rua dos Otonis com a Capitão Macedo, a rua virou um baile de forró ao som de Luiz Gonzaga.
A concentração começou às 14h na esquina da Rua Coronel Lisboa, com sucessos da música baiana e hits de carnaval. Por volta de 16h30, os percussionistas abriram o cortejo com Filhos de Gandhi, canção de Gil. Abrindo os trabalhos, o cantor Pedro Keiner deu o recado: “Gente, não é não. Respeita as mina”, reforçando o coro nas festas de rua contra o assédio sexual. Ele conta que o bloco foi formado em julho de 2017 a partir de uma banda de músicos profissionais da noite de São Paulo. A eles, se somaram os percussionistas da bateria, composta por uma maioria de mulheres. O bloco tem no total cerca de 40 integrantes.

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