Quatro aves e cinco ovos de espécies raras foram furtados do Zoológico de São Paulo, no período entre maio e agosto deste ano. Até quarta-feira (30), ninguém havia sido preso.
A polícia encontrou cercas danificadas em vistoria após os crimes. Segundo a administração, no final de maio ladrões levaram um casal de gansos australianos de 10 anos de idade, a Fofuxa e o Patola. No último domingo de julho, dois meninos foram vistos invadindo o zoo; um deles foi pego, mas não levava nada. No dia seguinte, cinco ovos de cisne haviam sumido.
Já agora no final de agosto, a administração registrou o terceiro sumiço. Ladrões levaram um cisne negro fêmea de 25 anos chamado Raíssa e um macho de pescoço preto que estava em fase de reprodução. Todos os animais levados estavam em área fechada, denominada “laguinho 70”, aonde só biólogos e veterinários têm acesso.
Foi feita a varredura da área em busca destas aves e notou-se que a cerca estava abaulada e a vegetação ao redor com sinais de pisoteio. No dia 29 de maio foi feito o Boletim de Ocorrência nº 1061/2017 na 83º Delegacia de Polícia Parque Bristol. Nos dois casos iniciais, as câmeras de segurança não estavam funcionando. A área restrita onde ficam as aves fica próxima ao muro que separa o zoo da avenida do lado de fora.
Os ovos remanescentes foram retirados e encaminhados para incubação artificial a fim de protegê-los, já que poderia ter sido um caso de predação natural vindo de teiús, gambás e tatus que são animais que ocorrem nesta área da mata. A equipe de segurança e técnica observou espaços entre a cerca de tela e a concertina, bem como um ponto de deformação na parte inferior da tela. Além disso, um dos funcionários apontou no muro externo pontos de falhas de lança e a presença de uma pequena trilha ligando o muro ao recinto. No dia 27 de julho foi feito o Boletim de Ocorrência nº 1476/2017 na 83ª Delegacia de Polícia Parque Bristol. “Tem a possibilidade de terem roubado aves e ovos para comer ou para tentar vender”, afirma Maria Carolina Rocha, médica veterinária do zoológico.
Os gansos e cisnes só podem ser comercializados com autorização do Ibama. Nos criadouros autorizados, os cisnes são vendidos em média por R$ 3 mil. Já no mercado clandestino, o preço chega a R$ 6 mil.
Em nota a direção do Zoo informa “que os processos estão sendo averiguados pelo órgão competente. O parque conta com uma equipe de segurança efetiva e equipe terceirizada durante o turno diurno e noturno, distribuídas em 824.529 m² – área total do parque.”
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