Porta de entrada para o Oriente

O Marrocos é um país de sonhos; o lugar remete o visitante ao mundo das fábulas, das histórias dos reinados das mil e uma noites com suas danças e comidas exóticas. Para se chegar ao Marrocos é preciso pegar um avião no Brasil, fazer uma escala em Madrid ou em Lisboa, e dali seguir até a famosa cidade, considerada a porta de entrada para o Oriente. Dividido por uma imponente cadeia de montanhas, aquele país revela paisagens exóticas e diversificadas. Ao Norte, o clima é mais ameno, tem florestas, montanhas e praias. Já a região Sul, a população é de mais baixa renda, tem praias e areia, mas muita areia mesmo. É o quente e misterioso Deserto do Saara.
Dizer que o lugar é exótico é pouco. Por ali correm lendas e mais lendas; histórias contadas de pai para filho dão conta de que mulheres são roubadas ou se oferecem “uma caravana de cem camelos” por uma mulher, principalmente as estrangeiras. Tudo isso é dito com muito bom humor pelos milhares de vendedores da cidade, que fazem literalmente tudo para que o freguês adquira sua mercadoria. É bom lembrar que pechinchar é a palavra de ordem.
Um lugar bastante conhecido é a Medina. A Medina é um conjunto de ruelas, que fica na parte antiga da cidade, e formam verdadeiros labirintos onde é muito fácil se perder. Ali se concentra todo o comércio; na Medina se encontra de tudo, desde ervas para o tradicional chá até ouro. Isso mesmo, ouro, que é vendido como qualquer outra mercadoria. Quantos aos ladrões, eles são severamente punidos pela lei muçulmana: têm a mão direita decepada, daí ficam marcados para sempre e nem se atrevem a aparecer.
E quem rouba não escapa impune por isso o comércio dos produtos se dá com “naturalidade”, digamos assim.
O Marrocos além de reunir montanha, mar e deserto, oferece aos visitantes um inusitado visual de frutas, roupas e mosaicos. Muitos costumes, seguidos há séculos, são o passaporte garantido para o passado, como o tradicional chá de menta, bem doce, que equivale ao nosso cafezinho e é responsável pela aproximação e confraternização social. É esta famosa bebida que coroa uma das práticas mais tradicionais: a negociação.
Tudo o que se compra, tem que ter negociação no preço. Claro que os vendedores dizem o primeiro preço das mercadorias um pouco maior do que o real, daí começa a barganha. E como eles gostam disso.

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