A felicidade de alguns usuários do Metrô durou pouco com o anúncio da inauguração de quatro estações da Linha 5-Lilás. Poucos minutos depois da divulgação a assessoria de imprensa do Metrô informou que houve um erro de divulgação, e apenas a Estação AACD-Servidor será aberta nesta sexta-feira, 31. O Metrô também informou que as outras três estações – Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin serão entregues com novo atraso, no fim de setembro. As primeiras promessas eram de conclusão do projeto, que custou R$ 10 bilhões, em 2014.
Diante da expectativa de uma participação maior no total de usuários que têm mobilidade reduzida, por causa da proximidade com a Associação de Assistência à Criança Deficiente, que batiza a Estação AACD-Servidor, a parada teve um desenho especial para melhorar a acessibilidade. Ela terá nove elevadores e 20 escadas rolantes, além de acessos em dois níveis na Rua Pedro de Toledo, em Moema, na zona sul de São Paulo.
A parada também facilitará o acesso aos Hospitais Edmundo Vasconcelos e do Servidor Público Estadual, além de ser uma opção a menos de 1,5 quilômetro do Parque do Ibirapuera. Será a estação mais perto do parque paulistano.
Num primeiro momento, a Estação AACD-Servidor funcioná em operação assistida. O Metrô estima que elas devem ficar em horário especial, funcionando das 9 às 16 horas, por duas semanas.
As novas estações da Linha 5-Lilás ainda tiveram um desenho arquitetônico planejado para reduzir o consumo de energia, um dos maiores custos operacionais da rede. As grandes claraboias de vidro são “marcas” das novas paradas, que têm em seu nível do asfalto novas praças abertas à população. No caso da AACD Servidor, há ainda dois pisos de estacionamento entre o nível da rua e as plataformas.
Com a abertura das outras três estações, a Linha 5-Lilás do Metrô será oficialmente interligada às Estações Santa Cruz, da Linha 1-Azul, e Chácara Klabin, da Linha 2-Verde, ligando o ramal, que vem do Capão Redondo, no extremo sul da capital, à região central de São Paulo. A expectativa dos técnicos é de trazer uma série de mudanças significativas nas dinâmicas do transporte público da cidade. Cerca de meio milhão de pessoas devem passar a usar a linha diariamente com as novas conexões.
“Deve haver alguma diminuição da lotação da linha (9-Esmeralda) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na Marginal do Pinheiros”, afirma o chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de Transportes (Poli/USP) Claudio Barbieri da Cunha, considerando ainda interferência nas Linha 4-Amarela, inaugurada, em 2011.
“Parte das pessoas que vêm da zona sul pela Linha 5 deve continuar na Linha 5, enquanto só quem está na Linha 9 deve continuar na Linha 9. O que vai definir isso é quanto tempo a pessoa vai gastar na baldeação (a troca de trens)”, afirma o professor, que destaca ainda expectativa de redução da lotação no túnel que liga as Estações Paulista (da Linha 4) e Consolação (da Linha 2). “Essa estação estava subdimensionada. Ela foi planejada para ser inaugurada depois das conexões da Linha 5”, completa.
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