O governo de Michel Temer tem seu 29º ministério. Trata-se agora da pasta criada para cuidar da Segurança Pública. O escolhido para chefiar o novo órgão foi Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa. O Ministério da Segurança Pública terá 11 novos cargos, além do ministro, com salário de quase R$ 31 mil, mais um de secretário executivo, com salário de mais de R$ 16 mil. A essa conta soma-se ainda nove cargos comissionados de assessoria, com salários que variam de R$ 2 mil a R$ 16 mil.
O Ministério coordenará e promoverá a integração dos serviços de segurança pública em todo território nacional. Foi criado principalmente por causa da gravíssima crise vivida pelo Rio de Janeiro e é mais uma tentativa de reduzir homicídios, combater o crime organizado e modernizar o sistema prisional não só no Estado, mas em todo o País.
Muitas foram as ações frustradas nesta área ao longo dos últimos anos. Não custa lembrar que, em 2017, foi lançado o Plano Nacional de Segurança Pública e, até agora, praticamente nada saiu do papel.
O Ministério da Segurança Pública vai comandar a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria Nacional de Segurança Pública e o Departamento Penitenciário Nacional. Essas atribuições estavam com o ministro da Justiça, Torquato Jardim,que permanece responsável pelas políticas de combate às drogas e recuperação de ativos no exterior, duas ações fundamentais na guerra contra o crime organizado.
Uma das primeiras ações de Jungmann à frente do Ministério foi demitir Fernando Segovia do comando da Polícia Federal. Rogério Galloro, atualmente na Secretaria Nacional de Justiça, vai assumir o cargo. A curta passagem de Segovia pelo comando da PF durou menos de quatro meses e foi marcada por declarações conturbadas. A avaliação foi de que Segovia havia perdido a autoridade dentro da corporação.
Já Galloro é apontado internamente como um profissional cauteloso, discreto e investigador. Independentemente do nome do escolhido, é preciso garantir que a Polícia Federal continue funcionando de acordo com o interesse público, livre de pressões políticas.
Nesta nova composição, Raul Jungmann será substituído interinamente pelo atual secretário geral do Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna. Será o primeiro militar a ocupar o comando do Ministério da Defesa desde a sua criação há 19 anos.
Cabe também destacar que a população tem papel fundamental no combate à violência. De nada adianta as pessoas reclamarem da insegurança durante o dia se, à noite, financiam o crime organizado através do consumo de drogas como cocaína e maconha. Essa luta é de todos e, se o empenho não for geral, a guerra estará perdida.
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