Com cerimônia de inauguração realizada na manhã de sexta-feira (3), o Zoológico de São Paulo inaugurou o Centro de Conservação ararinha-azul. A instituição foi escolhida para abrigar 27 animais desta espécie, uma das mais raras do mundo.
“O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – CEMAVE, órgão especializado do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), do Governo Federal, nos procurou a fim de verificar se poderíamos abrigar alguns indivíduos. Foi então que tomamos a decisão de não só atender este pedido de abrigo, mas criar um centro para manutenção e reprodução da espécie para trabalhar com elas a longo prazo”, explica a bióloga responsável pelo setor de aves, Fernanda Vaz Guida.
O novo espaço possui 900 metros quadrados e conta com salas de incubação de ovos, “maternidade” com controle de temperatura e iluminação, sala para atendimento veterinário, além de cozinha e escritório. O local ainda possui ambientes para as aves com espaços cobertos e ao livre com capacidade para abrigar até 44 ararinhas.
A ararinha-azul é considerada “Extinta na natureza” de acordo com a Lista Vermelha Global de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza – UICN e categorizada como “Criticamente em Perigo de Extinção” (CR) na Lista Brasileira Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção.
Em todo o globo, a população atual de ararinhas-azuis mantidas sob cuidados humanos conta com 330 indivíduos dos quais, 85 estão em instituições no Brasil. O zoológico hoje é responsável pelo cuidado de 27 destes animais, ou seja, 30% da população mundial. Com nome científico Cyanopsitta spixi, a ave é nativa e endêmica da região de Curuçá, na Bahia, cujo bioma é a Caatinga. A espécie inspirou o personagem “Blue” na animação Rio.
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