A Organização Mundial do Comércio (OMC) deu um prazo de 90 dias para o Brasil suspender o Inovar-Auto, de acordo com relatório divulgado nessa quarta-feira, 30. A OMC considerou que o Inovar-Auto é um subsídio ilegal ao ferir as leis de livre comércio, afetando empresas estrangeiras de forma injusta.
Com o fim desse regime automotivo, em 31 de dezembro deste ano as determinações do programa deverão ser extintas. Desde outubro de 2012, o Inovar-Auto definiu que cada marca só poderia importar 4.800 carros por ano.
Até então, cada unidade que ultrapassasse esse limite seria sobretaxada em 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
“A sobretaxação e as cotas de importação serão extintos na nova política automotiva, o Rota 2030. E assim garantiremos a isonomia tributária entre importadores e montadoras locais”, afirma a especialista do setor, Leticia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria.
A notícia deve ser comemorada por todos os consumidores de carros, pois, segundo especialistas do mercado, essa nova realidade irá contribuir para baixar os preços.
Outra vantagem será o desembarque de novos modelos importados.
Já estão certas para 2018 a nova geração do Picanto e as versões hatch e sedã do Rio. “Devemos trazer também um novo SUV compacto, o Optima GDI e o esportivo Stinger”, afirma José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors.
Sem a cota de importação, a JAC pretende se consolidar como uma marca focada em carros de grande porte. “Devemos começar a importar o T40 com câmbio CVT, uma picape média diesel 4×4, um SUV de grande porte, que devemos chamar de T70, e até um aventureiro de entrada, batizado de T20”, diz Sergio Habib, presidente da JAC Motors.
Ele salienta que a partir de janeiro a JAC poderá a voltar a competir no mercado como fez em 2011, antes da entrada do regime automotivo.