O Instituto Biológico vai realizar neste sábado, 27, a colheita de café. O espaço tem o maior cafezal urbano do mundo e abrirá suas portas ao público para que a população participe da experiência de colher os grãos maduros do cafezal.
O evento recebeu o nome de Sabor da Colheita e será realizado em parceria com a Nestlé. O objetivo é que a população, vivencie a experiência de colher os grãos na cidade que teve seu crescimento vinculado ao café. A colheita começa às 9hs, mas antes será servido café a todos os presentes.
O evento, que está em sua 16ª edição, é parte das comemorações do Dia Nacional do Café, celebrado no dia 24 de maio. A colheita de café no Instituto Biológico, rende em média 1 tonelada de grãos, resultando após seu beneficiamento, em aproximadamente 500 kg, os quais são doados ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo. Essa produção varia em função da bianualidade da cultura, pois o café apresenta maior produtividade em um ano e, no ano seguinte, decai a safra.
O Instituto Biológico (IB-APTA) realiza um grande volume de pesquisas em cafeeiro, incluindo estudos de controle preventivo, monitoramento (diversidade genética, distribuição geográfica, dinâmica populacional, epidemiologia) e manejo das principais doenças e pragas da cultura, inclusive plantas daninhas. Entre as pesquisas, vale citar a avaliação da resistência de cultivares a fitopatógenos (por exemplo, mancha aureolada, cercóspora, mancha de Phoma, nematoides), artrópodes-praga, como o bicho-mineiro e ácaros, e viroses associadas (ex.: mancha anular do cafeeiro – CoRSV).
Além disso, há o foco no controle biológico de pragas e doenças com uso de bioprodutos, sejam à base de fungos entomopatogênicos (Beauveria, Metarhizium, Cordyceps),Trichoderma, bactérias (ex.: Bacillus spp.), bacteriófagos, nematoides entomopatogênicos, insetos (ex.: crisopídeos, coccinelídeos), ácaros predadores (Phytoseiidae), ou óleos essenciais. Outras linhas incluem a avaliação de indutores de resistência e análises de fertilizantes e defensivos químicos.
O IB, vale lembrar, possui em sua sede, na capital paulista, o maior cafezal urbano do Brasil. São cerca de dois mil pés de café cultivados em sistema orgânico. Fundado em 1928 para estudar a broca do café, praga que assolava as plantações paulistas, o IB sempre teve a cultura em seus objetos de pesquisa. Daí a importância da implementação de seu cafezal, cerca de 28 anos após a fundação do Instituto, e que até hoje serve para a condução de estudos relacionados a pragas e doenças.
“Berço” da cafeicultura brasileira
A pesquisa do café no Brasil se confunde com a própria história do Instituto Agronômico (IAC-APTA), fundado, em 1887, para pesquisar o cafeeiro e apoiar a cafeicultura brasileira.
Ao longo de sua história, o IAC desenvolveu 67 cultivares de café. Destas, 66 são de café tipo arábica e dois porta-enxertos de café, que permitem o cultivo de café arábica em áreas infestadas de nematoides. De todos os cafezais do tipo arábica cultivados no Brasil, 90% são plantados com cultivares IAC. No mundo, esse índice chega a 70%.
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