Os últimos acontecimentos na política brasileira anteciparam o processo eleitoral e os candidatos à presidência da República em 2018 já estão na rua. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o deputado federal Jair Bolsonaro estão em plena campanha. Outro que busca votos é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que avisou que até março decidirá se concorrerá ou não ao Palácio do Planalto. Existe até a possibilidade de o presidente Michel Temer, mesmo com apenas 3% de aprovação do eleitorado, buscar a reeleição no ano que vem.
Em meio a tudo isso, o apresentador de TV Luciano Huck anunciou que não será candidato a presidente em 2018. Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, Huck afirmou apenas que vai “continuar, modesta e firmemente, tentando contribuir de maneira ativa para melhorar o País”. O apresentador escreveu ainda que a sua possível candidatura tinha apoio de familiares e de amigos, mas que se considera mais “útil e potente para ajudar meu país e o nosso povo a se mover para um lugar mais digno ocupando outras posições no front nacional”.
É fato que Huck será importante personagem na eleição do próximo ano. Casado com a apresentadora Angélica, com quem tem três filhos, pesquisas mostravam que Huck tinha uma aprovação popular de 60%. Ou seja, ele pode ser fiel da balança na campanha. O candidato que o apresentador apoiar – se de fato decidir por isso – pode levar grande vantagem em relação aos seus adversários.
Enquanto isso, a campanha corre solta. Lula, por exemplo, já fez uma caravana pelo Nordeste. O objetivo principal foi testar a sua popularidade após forte desgaste à sua imagem devido às recentes denúncias de envolvimento no esquema de corrupção que envolveu PT, Petrobras, Odebrecht e OAS.
Geraldo Alckmin também esteve no Nordeste recentemente. Apontado como favorito para disputar a Presidência pelo PSDB, ele deverá ser candidato único ao comando do partido na convenção marcada para 9 de dezembro. O caminho ficou livre para Alckmin depois de o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo, desistirem de suas candidaturas. A ideia é que o PSDB construa uma unidade partidária até a eleição de 2018 e, assim, chegue mais forte ao pleito para tentar barrar a volta de Lula ao poder.
Outro nome bem cotado para 2018 que tem percorrido o País é Jair Bolsonaro. Com apoio da extrema direita, agora ele tem suavizado o seu discurso para atrair também o eleitorado mais centro. A campanha de Bolsonaro deve ser pautada principalmente em cima de valores do que ele chama de família tradicional (é contra a união de homossexuais, por exemplo) e da segurança públicana linha de que “bandido bom é bandido morto”.
As cartas estão na mesa. Até outubro, o eleitor terá bastante tempo para analisar todos os candidatos e, com calma, escolher aquele que entender ser o melhor para tirar o Brasil da crise que levou milhões de trabalhadores a perderem seus empregos nos últimos anos. Uma coisa é certa: o Brasil precisa de gente honesta e competente, e não de salvadores da pátria travestidos de heróis da nação.
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