A Prefeitura de São Paulo não tem uma solução a curto prazo para a UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Guarani, idealizada em 2013, na gestão Fernando Haddad (PT), mas jamais saiu do papel. A intenção do poder público é promover a fusão do centro médico inexistente com a UBS Cidade Vargas, criando assim a UBS Guarani Vargas. O projeto está em fase embrionária e ainda não foi definido nem o local em que o posto será construído.
A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste informou pó meio de nota que a construção da UBS Guarani Vargas está prevista no Projeto Avança Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Acrescenta, no entanto, que “o processo está em fase de avaliação do terreno, que será feita por meio de contratação de empresa especializada em sondagem, topografia e avaliação ambiental”. Diz ainda que “o local recebe vistoria dos agentes de vigilância em ações para identificação de foco de dengue e ratos.
O projeto de construção da UBS Vila Guarani foi descontinuado em 2016, ainda no governo Haddad, para desespero dos moradores do bairro. Quem precisa de cuidados médicos tem de se deslocar até a UBS Cidade Vargas, porque o distrito também não possui hospitais públicos: o mais próximo, o Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro Saboya, dista quatro quilômetros da Vila Guarani.
As conseqüências são a demora no atendimento diário e a falta de datas para a marcação de consultas em especialidades diversas, em razão da superlotação da unidade da Cidade Vargas. Uma opção tem sido a UBS Milton Santos, no Planalto Paulista. Há na região outras sete unidades básicas de saúde, mas todas enfrentam um problema crônico: o número reduzido de profissionais. “Eu desisti de esperar pela construção dessa UBS”, irrita-se a aposentada Dolores Mascarenhas, de 62 anos. “Quando preciso de médico, vou a uma clínica particular, porque o atendimento é rápido”. Ela observa. “Não daria para pagar a consulta com o dinheiro da aposentadoria, mas felizmente conto com a ajuda do meu filho caçula”, agradece.
A SMS não revela quanto foi gasto no projeto da UBS Vila Guarani, mas, segundo o Diário Oficial do Município de20 de outubro de 2015, ovalor estipulado na época era de R$ 773 mil. A pasta também teria pago R$ 10 mil à Tsenge Engenharia, em dezembro de 2015, para a prestação de serviços técnico-profissionais para a execução de levantamento topográfico e cadastramento arbóreo.
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