O presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), Mizael Conrado, foi reeleito para o ciclo 2021-2025, em Assembleia Geral Ordinária de Eleição realizada no Centro de Treinamento Paralímpico, na segunda-feira (30). O ex-atleta do atletismo Yohansson Nascimento, foi eleito vice-presidente e formará a nova diretoria executiva da entidade. A nadadora Edênia Garcia, foi eleita presidente do conselho fiscal do CPB.
Esta é a primeira vez na história do Movimento Paralímpico nacional que a diretoria eleita do Comitê será formada somente por atletas medalhistas. Eleito presidente pela primeira vez em 2017, Mizael Conrado foi o primeiro medalhista paralímpico a assumir o cargo do CPB. Ele foi bicampeão paralímpico de futebol de cinco nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008, além de ter sido considerado o melhor jogador do mundo da modalidade em 1998. Yohansson foi campeão em Londres 2012 e tem outras cinco medalhas em Jogos Paralímpicos. Já presidente eleita do conselho fiscal, Edênia, tem três medalhas paralímpicas. A posse da nova diretoria será realizada no primeiro dia útil de 2021, em 4 de janeiro, segunda-feira.
Para a eleição da diretoria executiva do CPB, votaram entidades esportivas com representação no esporte paralímpico e membros do conselho de atletas. Ao todo, foram 20 votos contabilizados no pleito. O evento obedeceu aos protocolos de segurança em relação à pandemia do Covid-19, com cédulas individualizadas, com leitura em braile, e distanciamento social entre as mesas dos participantes.
“Agradeço por mais esse voto de confiança que recebemos, além de ser mais uma demonstração da aprovação que temos da nossa gestão. Continuaremos com grandes desafios e ainda mais responsabilidades de promover o acesso de todos ao esporte paralímpico. Muito obrigado”, afirmou o paulista Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008, além de ter sido considerado o melhor jogador do mundo da modalidade em 1998.
Durante a sua primeira gestão, o Brasil conseguiu bater recorde de medalhas nos Jogos Parapan de Lima 2019, assim como no Mundial de atletismo no mesmo ano. Também houve o lançamento do projeto Centro de Formação Esportiva, com a participação de mais de 500 crianças com idade escolar por ano, além do surgimento do Festival Paralímpico em 2018, que já movimentou mais de 100 mil pessoas com deficiência em 70 cidades do país. Ainda sob seu mandato, foi realizado o lançamento do curso EaD Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte, que forma mais de 7 mil professores por ano, além das qualificações online e gratuitas de arbitragem e habilitação técnica.
Já o alagoano Yohansson Nascimento se aposentou das pistas neste ano para concorrer à vice-presidência do CPB. Durante a carreira foi ouro nos 200m em Londres 2012 pela classe T45 (para atletas com deficiência nos membros superiores), além das pratas no revezamento 4x100m em Pequim 2008, nos 400m em Londres 2012 e no revezamento 4x100m no Rio 2016. Também conquistou bronze nos 200m em Pequim 2008 e nos nos 100m no Rio 2016. Foi ainda medalhista mundial e em Jogos Parapan-americanos.
“Agradeço a todos por confiarem em meu trabalho como atleta em que representei o meu país por muitos anos. A minha intenção agora é fazer com que todas as crianças com deficiência, espalhadas pelo Brasil, tenham a mesma oportunidade que eu tive. Com certeza, meu empenho agora será o dobro do que tive nas pistas”, apontou o ex-velocista.
Além da diretoria executiva, também foram escolhidos os membros do conselho fiscal. A nadadora Edênia Garcia (classe S4) foi eleita presidente do conselho fiscal do CPB, enquanto Gustavo Delbin e Marcino de Oliveira como novos membros do conselho. Flávio Santos, Hélio Santos e Naíse Pedrosa serão os suplentes.
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