Em mais um capítulo na disputa para a construção da estação Ipiranga da Linha 15-Prata, o prejudicado será o usuário. Após o anúncio da habilitação do Consórcio Expresso Ipiranga (Coesa e Álya), o concorrente Consórcio ESG (Engibrás, S.A. Paulista e Benito Roggio) apresentaram um recurso administrativo contra a decisão.Isso fez com que o metrô suspendesse a licitação.
O Consórcio ESG , que perdeu a concorrência, alegou que o vencedor apresentou quantidades erradas de materiais e serviços, o que invalidaria sua proposta.
O Metrô aponta o que ele chama de não-conformidades em sete valores fornecidos pelo Consórcio Expresso Ipiranga. Eles envolvem os serviços relativos à captação de energia em que a concorrente citou quantidades completamente díspares das que constam do edital.
Na realidade, o consórcio vencedor acabou majorando sua proposta por conta dos erros no preenchimento das planilhas, numa diferença de quase R$ 2,9 milhões. O Metrô, por sua vez, aceitou que a proposta fosse corrigida para menos, de R$ 448 milhões para R$ 445 milhões, chamando isso de “erro aritmético”.
É nesse aspecto que o Consórcio ESG discorda ao afirmar que o erro não foi aritmético já que não se trata de um cálculo falho e sim o preenchimento errôneo das planilhas, mesmo que elas mostrem valores mais altos do que o real em alguns itens.
Em função dessa discordância, a licitação foi suspensa e, por enquanto, o metrô não se pronunciou qual será o próximo passo para equacionar a questão.