Feira da Saúde acontece em celebração aos 60 anos do Jabaquara

Importante e tradicional bairro de São Paulo, o Jabaquara está comemorando 60 anos de existência e para celebrar seu aniversário contou com uma edição da Feira da Saúde, que tomou conta do Terminal Jabaquara e atraiu diversos munícipes, além de usuários do Metrô.
Na ocasião, foram realizados gratuitamente exames de fundo de vista e olho; aferição de pressão arterial; controle de glicemia para prevenção de diabetes, além de outros serviços que buscaram levar o bem-estar e maior qualidade de vida para os participantes do evento.

Os de glicemia e pressão arterial aconteceram através da uma ação da EMTU, que foi convidada para participar do evento, conforme contou à reportagem, David Rodrigues, responsável por eventos de Saúde da empresa. “Nós estamos aqui a convite do pessoal aqui do Jabaquara, por conta das ações que nós, da EMTU, já realizamos em todos os terminais”, destacou.
“São exames de glicemia, pressão arterial, que acabam ajudando muito as pessoas. Por muita surpresa, às vezes a pessoa está com a pressão arterial bem alterada, a glicemia descompensada, e está conversando normalmente. São doenças silenciosas que, com simples exames, a gente consegue traçar um parâmetro para aí sim a pessoa procurar um médico da sua confiança”, concluiu.

Railda Nascimento de Jesus, de 78 anos, estava vinha do metrô e aproveitou para fazer os exames. “É muito boa, legal”, destacou ela, sorridente, falando sobre a Feira da Saúde. Segundo os profissionais responsáveis pelos exames, estava tudo certo com sua saúde. “Está tudo certo, graças a Deus, não tenho nada errado. Está tudo firme”, contou.

“Eu estava vindo da reunião da minha filha, aí passei por aqui, fiquei curiosa e entrei para ver o que era. É excelente aqui, porque passei, entrei para ver [a Feira], já medi a pressão, já fiz o teste de glicemia. Parabéns, muito legal”, afirmou Denise dos Santos Matias, de 43 anos, que vinha de uma reunião de pais em uma escola próxima e parou para fazer os exames.
Assim como Railda, ela voltou para casa sossegada, pois os resultados estavam normais. “Está tudo certo, graças a Deus, tudo tranquilo, e agora partir para outra reunião do outro filho e pronto”, expressou, rindo.
Os exames foram realizados por 33 alunos para técnicos de enfermagem, da Escola Grau Técnico Anhangabaú, os quais realizaram também testagens de sífilis e hepatite, ganharam hora estágio, tiveram seu primeiro contato fora da sala de aula e foram comandados pela professora Rita de Cássia Kobayashi.

“Para a população é muito importante uma ação de saúde dessa, por conscientização, porque muitos deles não sabem nem que tem uma alteração de pressão, ou uma alteração na glicemia, então em uma ação dessa ele acaba descobrindo e os nossos alunos vão orientando ‘eles” a procurar uma UBS, posto de saúde e fazer um acompanhamento”, pontou a professora.
“Em relação aos nossos alunos, eu acho que isso é um grande evento para eles, porque é um aprendizado, aqui é uma experiência diferente, um contato diferente com a população, em saúde coletiva, saúde, pública, então eles entendem a necessidade da população”, destacou de Cássia, sobre seus alunos aprenderem com a Feira.
“Em sala de aula eles não enxergam isso. Eles acham que todo mundo é igual a nós, aqui nós atendemos a todo mundo e dentro de sala de aula, eles não têm essa visão”, finalizou.

Dalvani Ribeiro, 58 anos é moradora do Jabaquara, passava pelo evento e aproveitou para levar seu sobrinho, Caio, de 8 anos, para realizar exame de fundo de olho, através do qual, foram constatadas miopia e astigmatismo.
Segundo ela, o resultado já era sabido, mas a mãe do menino ainda não havia providenciado um óculo de grau para ele, por ter “perdido a receita”, mas agora, com outra, ficaria mais fácil. “Já sabia tem um tempo. Falei com a mãe, ela não comprou os óculos do menino, agora a gente vai ver se pega a receita aqui para ela comprar”, abordou.

Heloisa Ashby foi uma das responsáveis por uma oftalmológica no dia e contou sobre sua importância. “[a oftalmologia] é uma área da medicina das que o povo mais necessita, pois vai uma vez por ano e é muito difícil fazer no SUS, demora muito a consulta, então, aqui as pessoas receberão [os serviços de oftalmologia] de forma beneficente, mais rápido, não tem espera”, disse.
“A importância é para ajudar as pessoas, principalmente as que não tem condição nenhuma de pagar uma consulta na parte da oftalmologia e é importante, também, para saúde”, completou Cintia Silvia Melo, assistente de Heloisa.

Dentre outras atrações da data estiveram um estande da Horta da Saúde, que abordou sobre a conscientização com a natureza e ofereceu mudas de plantas para os convidados; e outro da Sucataria São Paulo, preocupada com a prática da sustentabilidade e que recicla lixos eletrônicos e fazem a revitalização de alguns equipamentos.
“Eu vim divulgar a Horta, trouxe umas mudinhas para oferecer para as pessoas e tem uma oficinazinha de mudas em garrafas pet”, disse contou Elza Kusaka, coordenadora da Horta da Saúde. “Nós estamos conectados com várias ações, sempre dentro dos objetivos sustentáveis”, salientou, afirmando que a Horta também é responsável por plantios, jardins, parques e outras ações.

“A estratégia, hoje, é conscientizar as pessoas, porque poucas pessoas conhecem o trabalho de coleta de lixo eletrônico e o nosso principal objetivo é que as pessoas conheçam”, falou Ronaldo de Paula, CEO da Sucataria São Paulo.
A Feira da Saúde aconteceu através de iniciativa da Associação Comercial de São Paulo, Distrital Centro-Sul, CAMP Jabaquara e apoio de outras instituições.