Infestação de pernilongo e caramujo preocupa moradores

Uma infestação de caramujos incomoda moradores da rua Moreira de Godoy. A reclamação não é recente. Há anos eles convivem com a chegada indesejada dos animais. Além do mau cheiro quando os animais morrem, eles podem causar contaminações.
A rua é sem saída e em sua extensão tem um córrego a céu aberto, local preferido pela espécie. Aglomerados em árvores e por toda extensão das paredes, caramujos africanos estão transformando os muros de casas em cercas vivas e perigosas. A situação fica mais alarmante quando se tem contato com a espécie. A pessoa pode contrair doenças graves, como a meningite. Mas se não bastasse os caramujos, os pernilongos também estão dominando a área devido a quantidade de mato e água suja, além do lixo que é descartado na beira do córrego.
A aposentada Joana da Silva mora no local há 40 anos e sempre manteve as janelas e portas abertas durante o dia, mas a chegada dos caramujos e pernilongos a fez mudar seus hábitos. Nas janelas foram instaladas telas mosquiteiros, a porta não fica mais aberta, raquetes eletrônicas e inseticidas estão espalhadas por toda casa. “Não consigo mais dormir. Está insuportável. E outra, não sei se é pernilongo ou mosquito da dengue. Por motivos de saúde não posso tomar a vacina da febre amarela, estou muito preocupada”, explicou a moradora.
Várias reclamações já foram registradas na Prefeitura Regional do Ipiranga, mas nada foi feito.
Ficar do lado de fora da casa é impossível. Em cerca de dez minutos de caminhada na viela, a equipe foi alvo de 6 picadas de pernilongos. “Estamos inconformados. Coloco sal e cloro nos caramujos e mesmo com repelente eles picam a gente, então vivo com inseticida e raquete nas mãos”, disse Joana.
Trazidos da áfrica na década de 1980 para substituir o escargot, o caramujo africano foi rejeitado pelo estômago das pessoas. Com gosto amargo e ruim, eles foram soltos na natureza. Podendo desovar cerca de 200 filhotes por mês, se espalharam rapidamente pela cidade.