Na terça-feira, dia 17 de julho, completa-se 11 anos do maior desastre aéreo. Era 18h48 de julho de 2007 quando o Airbus A320 que chegava de Porto Alegre no voo 3054 não conseguiu frear na pista, tentou arremeter e colidiu com o prédio da TAM Express, no Aeroporto de Congonhas. Morreram na tragédia 199 pessoas – 187 a bordo e 12 no solo.
De lá pra cá, algumas readequações foram feitas em Congonhas. A pista principal, que em 2007 tinha 1.940 metros, passou a ser usada com 1.790 metros para decolagem e 1.660 metros para pouso. Já a pista auxiliar, de 1.345 metros, passou a ser usada integralmente apenas para decolagem, passando a ter apenas 1.195 metros operacionais nas circunstâncias de pousos, para proporcionar melhores condições de segurança e espaço de manobra aos pilotos.
Na pista auxiliar, foram feitos tratamentos de juntas, frenagem, recapeamento, grooving (ranhuras) e sinalização horizontal, concluídas poucos dias após o acidente (21 de julho de 2007). Já a reforma completa da pista principal foi finalizada em setembro do mesmo ano, quando foi instalado um novo sistema de balizamento, com sinalização luminosa, removida a pintura das faixas na pista e implantado o grooving. Uma nova torre. Entregue em 2013, segundo a Infraero, a nova torre tem 44 metros de altura e 126 m² de área de trabalho, duas vezes mais alta e três vezes mais espaçosa que a antiga, que deixou de operar e agora é usada como área administrativa da Aeronáutica.
A Infraero passou a medir, semanalmente, o coeficiente de atrito da pista e, quinzenalmente, faz ensaios de macrotextura, através do método da mancha de areia, que verifica a profundidade média da superfície do pavimento. Quando são apontadas diferenças nos indicadores, é programado o desemborrachamento do asfalto, que passa por medição após esse processo. Os resultados são comunicados à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e às companhias aéreas.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Aeronáutica que administra a supervisão dos voos no país e que é responsável pela torre de controle de Congonhas, implantou no aeroporto, em 2011, um novo sistema de gerenciamento de voos, chamado de “Sagitario”, em substituição ao antigo X-400. O software foi atualizado baseado em padrões internacionais e que permitiram aos controladores atuarem com mais voos ao mesmo tempo, além de novos padrões redundantes de segurança. Uma das facilidades do software, é que ele automaticamente transfere o voo para a outra área de controle. Por exemplo: um voo parte de Congonhas com destino a Brasília. Pelo antigo sistema, o controlador de São Paulo tinha que telefonar para o controle de tráfego aéreo de Brasília para “passar” a responsabilidade pelo controle da aeronave. Hoje isso é feito automaticamente pelo sistema, o software faz isso como se fosse um WhatsApp, uma mensagem rápida, facilitando o trabalho do controlador e permitindo também um maior número de aeronaves voando por controlador.
Para lembrar as vítimas, no local do acidente, foi feito o chamado “Memorial da TAM”. A praça é cercada pelos nomes de todas as vítimas no centro a amoreira que escapou à explosão e ao incêndio ganhou o apelido de “árvore da vida”, e um espelho d’água, que está sendo limpo para a missa que acontecerá no local no dia 14 de julho, às 9h, em memória as vítimas.
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