Chorinho lota Centro Cultural mais uma vez

A música de qualidade voltou ao auditório Carolina Maria de Jesus, no Centro de Culturas Africanas do Jabaquara, no domingo (1), quando foi realizada a edição de número 156 do Choro na Manhã. O público mais uma vez prestigiou o evento e se deliciou com os clássicos desse gênero musical autenticamente brasileiro.
“Eu sou apaixonada pelo choro e, mesmo morando longe, venho sempre que posso ao Choro na Manhã”, disse a auxiliar administrativa Ana Rita Assunção, que reside na Água Branca, na Zona Oeste da Cidade de São Paulo. “Aqui, ouvimos boa música e fazemos amizades, além de sermos recepcionados com o café da manhã”, ela acrescentou.
O Conjunto Retratos comandou a festa e, a exemplo de edições anteriores, colocou no palco um grupo seleto de músicos. Os convidados foram o violonista Doda, a pianista Duda Lopes, os bandolinistas Dário do Bandolim e Aílton Reiner e Wellington Silva (vilão de 7 cordas). “Não me pergunte quem gostei mais, porque achei todos maravilhosos”, brincou a dona de casa Maria de Fátima Aguiar, que levou ao Choro na Manhã a filha Ana Paula, de 12 anos. “Ela é novinha, mas já sabe o que é bom”, comentou Maria de Fátima. “Em casa, bom gosto musical vem do berço”, ela observou.
O recital de chorinho acontece desde 2006, sempre no primeiro domingo do mês, e com a variedade de compositores apresentada, a plateia se sente como em uma antiga roda musical. Os artistas que aparecem com mais freqüência no programa são Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Waldir Azevedo, Zequinha de Abreu, Chiquinha Gonzaga e Altamiro. Eles são os preferidos da maioria das pessoas que aprecia o choro.
A edição de número 156 do Choro na Manhã teve um ingrediente a mais, no hall de entrada do auditório: a exposição das ilustrações do livro “50 Chorões de São Paulo em Caneta Esferográfica”, de autoria do bandolinista do Retratos, Alex Mendes. O Centro de Culturas Africanas do Jabaquara fica na rua Arsênio Tavolieri, 45, no Jardim Oriental.