Bom voto, São Paulo!

No domingo (29), milhões de paulistanos vão às urnas para escolher entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) o prefeito que governará a maior cidade do País pelos próximos quatro anos. Por mais que a disputa em São Paulo seja vista por especialistas políticos como fundamental para a eleição presidencial de 2022, o eleitor tem de pensar nos problemas e soluções da cidade.

Neste segundo turno, com a diminuição no número de candidatos, as propostas foram apresentadas de maneira mais aprofundada. Foram realizados vários debates, sabatinas e entrevistas. Por isso, o que se espera de cada eleitor é que ele utilize as horas que faltam para o voto e reflita quem é, de fato, o melhor candidato.

Esse ano, por causa da pandemia do novo coronavírus, analistas políticos acreditam que muitos eleitores deverão deixar para escolher o seu candidato na última hora, na boca da urna. A campanha de rua perdeu espaço para o mundo digital. As pesquisas, inclusive, indicam que há muita volatilidade entre os eleitores com alternância na intenção de voto. Para complicar ainda mais, os últimos acontecimentos da política brasileira em geral deixaram muitos eleitores desanimados. Isso, infelizmente, deve elevar o número de votos nulos e brancos e a abstenção.

Problemas é o que o que não falta para São Paulo. Independentemente do vencedor, os desafios são enormes. É fundamental o eleitor ter observado com muita atenção durante toda a campanha eleitoral o comportamento, a história e o plano de governo de Covas e Boulos. Mais do que nas eleições anteriores, esse ano os dois candidatos que continuam na disputa pela Prefeitura mais importante do Brasil têm perfis bem distintos. Ambos são jovens, mas cada um do seu jeito e à sua maneira.

O importante é o eleitor não se deixar influenciar por pressões externas ou opiniões de terceiros. É preciso estar com a consciência limpa e tranquila na hora do voto. Por isso, o eleitor precisa votar naquele candidato que tiver mais afinidade. O mais importante é o candidato ter boas propostas e capacidade para administrar uma cidade com o gigantismo de São Paulo.

O mais grave dos problemas de São Paulo é a desigualdade e isso é reconhecido tanto por Covas como por Boulos. Infelizmente, a cidade não oferece a todos os seus moradores saúde, educação, segurança e qualidade de vida dignas. Há muita coisa a ser melhorada, principalmente para as camadas mais pobres, que vivem na periferia.

O mais importante nesse momento é analisar criteriosamente as propostas, a conduta e o passado de cada candidato. Também não se pode esquecer das alianças feitas durante essa eleição, sobretudo no segundo turno, afinal ninguém governa sozinho. São os aliados que, apesar de não aparecerem muito, ocuparão cargos importantes e estratégicos na Prefeitura a partir de janeiro. Inclusive nas subprefeituras da região.

A pergunta que tem de ser respondida é: quem é capaz de tornar o São Paulo uma cidade mais justa e melhor para se viver? Bruno Covas ou Guilherme Boulos.

Que cada paulistano exerça a sua cidadania no domingo. E que vença aquele que realmente seja o melhor para São Paulo.