Em dez anos, as Avenidas Bandeirantes, Presidente Tancredo Neves, Juntas Provisórias e Salim Farah Maluf, além das Marginais do Tietê e do Pinheiros devem compor um anel com vias segregadas para bicicletas. É o que prevê o plano cicloviário apresentado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto na sexta-feira (3), e vai para audiências públicas nas 32 prefeituras regionais.
Sem muitas definições de infraestrutura, prazos e valores, o plano é na verdade um conjunto de diretrizes com o objetivo de construir mais 1.420 quilômetros de vias cicláveis até 2028. Aline Cavalcante, diretora de participação da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), considerou a proposta “sem conexão com a realidade”.
“Não se trata de plano, mas de uma proposta de plano. Vamos debater com a população, com os especialistas, na Câmara Temática da Bicicleta. Não queremos discutir quantos quilômetros terá, mas quantas pessoas vão utilizar. Queremos dar segurança, conectividade, eficiência e racionalidade ao sistema”, explicou Covas.
O prefeito anunciou a realização de uma reunião extraordinária da Câmara para debater a proposta, no dia 14 de agosto, e audiências nas prefeituras regionais.
Covas e Octaviano reiteraram críticas à gestão Haddad, que segundo eles “não planejou” as ciclovias e ciclofaixas e as fez “como quem joga orégano na pizza, de forma pulverizada”.
Segundo Octaviano, o objetivo do plano é “transformar São Paulo na capital brasileira da bicicleta”. Hoje, a cidade tem 497 quilômetros de vias cicláveis, sendo 400 destes efetivados na gestão de Fernando Haddad (PT). A proposta é chegar a 1.917 quilômetros até o ano de 2.028.
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