Em 2012, a telinha foi iluminada por Cida (Isabelle Drummond), Penha (Taís Araújo) e Rosário (Leandra Leal), as três empregadas domésticas que cativaram o país. Essas figuras marcaram o centro de “Cheias de Charme”, uma novela que marcou a estreia dos autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira como titulares na Rede Globo. Sob a direção de Carlos Araújo, a trama se desdobrou em uma fábula que explorou temas de sorte, talento, o mundo do entretenimento e, acima de tudo, a amizade.
A trama de “Cheias de Charme” desenrola-se em torno de Maria da Penha, Maria do Rosário e Maria Aparecida, empregadas domésticas cujas vidas se entrelaçam na prisão, após uma série de eventos tumultuados. Penha denuncia a agressão de sua patroa; Rosário é detida por invadir o camarim do cantor Fabian (Ricardo Tozzi); e Cida se envolve em uma briga ao flagrar o namorado Rodinei (Jayme Matarazzo) beijando outra mulher. Do caos surge uma cumplicidade profunda, revelando que, assim como na música, a harmonia é essencial na vida. O grande obstáculo para essas heroínas é Chayene (Cláudia Abreu), a rainha do eletroforró. Em uma fase difícil na carreira, Chayene tenta se reerguer à custa do cantor Fabian, que é um sucesso no ritmo sertanejo universitário.
Essas três domésticas acabam na delegacia e são presas por desacato à autoridade. Enquanto estão atrás das grades, refletem sobre o dia ruim que tiveram e Rosário propõe um pacto para unir suas forças e buscar uma vida melhor: “Dia de empreguete, véspera de madame”, proclama.
Indiscutivelmente, “Cheias de Charme” é um dos maiores triunfos do horário das 19 horas, e sua narrativa envolvente foi reprisada nas tardes da Globo em 2016. Com certeza, merece mais uma reprise.