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Há 30 anos instalada na rua Dom Villares, 300, Vila Brasilina, a escola de Samba Brinco da Marquesa foi despejada pela Subprefeitura do Ipiranga. Os equipamentos da tradicional escola só não foram parar o depósito da prefeitura porque os moradores e simpatizantes da agremiação levaram para suas casas troféus e instrumentos musicais. O despejo, segundo integrantes da escola foi muito dolorido para os simpatizantes da agremiação e moradores da Vila Brasilina. Isso porque não se respeitou os 30 anos que ela estava no local e não foi oferecido um espaço alternativo onde a agremiação pudesse desenvolver seu trabalho cultural.
Precursora de atividades sociais e culturais para o bairro, a Brinco é muito querida pelos munícipes e pela comunidade, que recebeu a notícia do despejo com tristeza e muitas dúvidas sobre o ocorrido. O desmonte do barracão aconteceu na segunda-feira (17), pela manhã.
De acordo com membros da Brinco da Marquesa, o vereador Camilo Cristófaro, que recebeu muitos votos na região e no período eleitoral frequentou o bairro apoiando o trabalho da Brinco e agora teria sido um dos incentivadores junto ao Ministério Público para a retirada da escola do local. quem teria dito que “escola de samba não é cultura”. A ideia, segundo informações dos funcionários que participaram do despejo da Brinco, é que com apoio do vereador Camilo seja montado no local ocupado anteriormente pela escola, um ambiente cultural. Segundo diretores da Brinco, o trabalho da escola é reconhecido pela prefeitura. “Tanto é que ela recebe verba para ajudar na montagem de seu figurino e no desfile no carnaval. “Além disso o samba é reconhecido como um bem imaterial e cultural”, diz um diretor. Ele acrescenta que a Vila Brasilina só tem a lamentar a falta de apoio do vereador Camilo a manutenção da escola no local ou mesmo a busca por um espaço alternativo onde se pudesse dar continuidade as ações sociais e culturais da escola.
