Neste domingo os cristãos de todo o mundo comemoram a Páscoa. A data já virou tradição não somente para os cristãos. Ainda mais quando se fala em chocolate, guloseima que marca a data e atiça a gula de muitas pessoas, independentemente de sua crença religiosa.
No Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Betway, 21,3% das pessoas consomem chocolate uma vez por dia. Entre janeiro e setembro de 2022, dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) apontam que o consumo de chocolate cresceu 16,3%, em relação ao mesmo período de 2021.
Um levantamento realizado pela Kantar, empresa de pesquisa de mercado, insights e consultoria, com foco na Páscoa de 2022, registrou sete milhões de novos lares compradores de ovos de chocolate em comparação a 2020. No total, 36,2% dos lares brasileiros consumiram ovos de chocolate no ano passado, um acréscimo de 12,5% em relação a 2020. Para 2023, a companhia prevê a manutenção da tendência de aumento de consumo de ovos de chocolate. De acordo com o levantamento, ovos de chocolate artesanais já representam quase a metade do volume consumido durante a Páscoa pelos brasileiros. O consumidor costuma comprar, em média, 500 gramas dos produzidos a mão e embalagens de 390 gramas dos industrializados.
Apesar dos preços estarem mais “salgados” este ano, e mesmo deixando o “ovo” de lado, o chocolate não pode faltar na Páscoa. Chocolate é irresistível e, por isso mesmo, considerado o vilão das dietas. Mas, tudo que é equilibrado não faz mal.
Não é mentira que o consumo excessivo de chocolate pode, além de aumentar o peso, causar alergia e distúrbios gástricos, pois a gordura e o açúcar são alguns dos causadores da gastrite. E não se trata apenas de ovos de Páscoa, mas também de outros pratos preparados à base de chocolate que ainda levam outros ingredientes, como gorduras, farinhas, castanhas e frutas em calda.
Aliado a sensações de prazer e bem-estar, rico em carboidratos e excelente fonte de energia, o chocolate também beneficia a saúde do coração, pois contém o flavonóide, uma substância antioxidante presente na semente do cacau. Quando absorvido, a substância ajuda na redução da formação de placas de gordura e diminui a oxidação do colesterol ruim beneficiando o funcionamento do coração.
A fabricação do chocolate depende de alguns componentes: o licor de chocolate ou massa de cacau, a manteiga de cacau (óleo de theobroma), o açúcar e o leite. A gordura da manteiga de cacau, o leite e o açúcar são os principais ingredientes que agregam gordura e calorias ao chocolate.
Por ser vegetal, a gordura da manteiga de cacau não contém colesterol e o porcentual de gordura saturada e insaturada em sua constituição está dentro das recomendações estabelecidas pela Associação Americana de Cardiologia (AHA). Porém é necessário avaliar o rótulo do produto. Em uma porção de 25g com até, aproximadamente, 120 calorias, 4,5 g saturada, ausentes em colesterol e açúcar, é uma boa opção.
O chocolate e o cacau em pó contêm minerais como cromo, ferro, magnésio, sódio, fósforo e potássio, e também vitaminas A, B, C e D. A semente original apresenta quantidade significativa de vitaminas E e B, mas com a adição dos outros ingredientes, estas vitaminas encontram-se em baixas quantidades no chocolate.
Se há um consumo adequado de alimentos ao longo do ano, saúde e peso equilibrados, o consumo de chocolate na Páscoa está liberado! Contudo, vale ressaltar que uma barra de chocolate de 100 gramas contém, em média, 528 calorias (aproximadamente um terço do valor total energético diário) e cerca de 35 gramas de gorduras. Um ovo de Páscoa número 20 tem em média 375 gramas de chocolate, totalizando 1.980 Kcal e 132 gramas de gorduras.
Uma boa opção são os ovos de Páscoa confeccionados com chocolate meio amargo e com maior quantidade de cacau em sua composição, estes têm menos açúcar, mas não estão livres da gordura.
Os nutricionistas explicam que o melhor chocolate é o amargo, que possui menores quantidades de gordura e açúcar e quantidades significantes de antioxidantes. A massa de cacau, um dos ingredientes utilizados na fabricação do chocolate, é responsável por fornecer os antioxidantes. O chocolate amargo é o que possui maior teor de massa de cacau. Por isso, o chocolate amargo puro com 70-80% de cacau é o mais indicado.
Quanto aos cuidados com a beleza, existem aqueles que consideram uma lenda urbana esta história de que chocolate provoca espinhas e assim os cuidados com a pele devem ser os mesmos dispensados em outros períodos do ano, mas se existe a tendência à alergia ao chocolate serão inevitáveis algumas lesões, assim quem sofre com isso deve procurar a orientação de um dermatologista.
E mais, exagerou no consumo de chocolate? O jeito é compensar na malhação e fechar a boca para outras guloseimas.