As eleições municipais estão sendo disputadas em um cenário bastante incomum, marcado pela pandemia do novo coronavírus. Por mais que as atenções estejam voltadas principalmente para a corrida pela cadeira de prefeito, o eleitor tem de ficar muito atento também na hora de escolher o seu vereador. Por isso, é preciso, por exemplo, analisar se o político que recebeu o seu voto em 2016 fez por merecer a confiança nele depositada, não esteve envolvido em atos ilícitos nos últimos anos e, principalmente, honrou seus compromissos de campanha. Também há uma enorme lista de candidatos que estão concorrendo pela primeira e outros que retornam ao cenário político depois de um período de ausência. Independentemente do currículo político, todos os candidatos devem ser analisados profundamente pelos eleitores.
Muitas vezes, as pessoas se preocupam com os chamados “macros problemas”, de responsabilidade do Governo Federal, e esquecem que é impossível um país crescer e se desenvolver sem cuidar de questões menores, das suas vilas, bairros e cidades. E é aí que está a importância de se eleger bem os vereadores. São eles que estão mais próximos dos eleitores e têm o dever de tratar de questões que atingem mais diretamente a população, de uma simples poda de árvore à construção de hospitais, escolas e grandes avenidas. Além, é claro, de fiscalizar os atos da prefeitura.
É um desafio enorme para a população paulistana eleger bem seus representantes na Câmara Municipal. Assim, cabe aos candidatos fazer um debate sério das propostas de governo. De nada adianta apresentar promessas sem a explicação sobre de onde virão os recursos. Os marqueteiros envolvidos nas campanhas parecem menosprezar a capacidade do paulistano de fazer uma escolha consciente.
Infelizmente (e também por causa da pandemia), a sensação é de que a campanha ainda está devendo. Por enquanto, os cidadãos têm assistido a uma série de trocas de acusações entre os concorrentes e questões que nada ajudam para se decidir quem é a melhor opção.
O importante nesse momento é que todos os eleitores possam manifestar nossas preferências, que podem incluir o voto em branco ou nulo. Até a ausência, desde que justificada após o pleito, é uma posição aceita pela legislação. Mas, não custar lembrar que, sem voto popular, não há democracia. Por isso, o que se espera de cada eleitor é que ele utilize os dias que faltam para a eleição e reflita sobre seu papel neste processo tão importante para São Paulo e o Brasil.
O mínimo que um candidato tem de apresentar ao eleitorado é capacidade e honestidade para encarar os problemas da cidade de frente, sem se render à velha política do toma lá dá cá. Há várias opções boas e ruins. O fundamental é votar com consciência e não desperdiçar um ato tão importante apertando qualquer número na frente da urna eletrônica.
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