Um grupo de moradores do Jabaquara e de bairros vizinhos caiu no samba, no sábado (15), ao som do Bloco Zé Pereira. Foi a 14ª apresentação do cordão, que mais uma vez levou criatividade e entretenimento à população local. Os foliões esbaldaram-se com marchinhas de antigos carnavais, frevos e outros ritmos dançantes.
O Zé Pereira é um personagem burlesco, surgido em uma festa tradicional, em Portugal, no século 19, e deu origem ao Carnaval carioca. O bloco foi criado por colaboradores do CDC (Centro de Desenvolvimento Comunitário Leide das Neves, em 2006. A entidade é um dos 20 pontos de atendimento social que a ACM (Associação Cristã de Moços) disponibiliza para crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade e risco social, aos quais o CDC proporciona crescimento por meio da educação e introdução às artes.
Como é de costume, as crianças exibiram fantasias de personagens de desenhos animados e dos contos de fada, enquanto adolescentes e adultos repetiram os trajes de heróis e vilões de séries de filmes de aventura, além de figuras históricas e máscaras de políticos. Confete, serpentina e lança spray deram um colorido especial ao cortejo. “Eu sou fã do Bloco Zé Pereira, que faz um Carnaval alegre e sem apelações”, comenta a operadora de caixa Margarida de Oliveira. “É uma festa familiar e podemos trazer tranquilamente filhos e sobrinhos”, ela acrescenta.
A concentração começou às 16h, em frente ao CDC Leides das Neves, no número 257 da rua Nelson Fernandes. Os foliões se aqueceram e, às 17h, foi dada a largada com a marcha “Viva o Zé Pereira”, composição de autoria desconhecida e oriunda da tradição portuguesa. Pelo menos 500 pessoas percorreram as ruas Anita Costa, Onze de Fevereiro, e dos Jornalistas. O cortejo fez um pit stop de cerca de 30 minutos na Plataforma A do Terminal Rodoviário Jabaquara, da EMTU (Empresa Municipal de Transportes urbanos), e em seguida retornou à Nelson Fernandes, onde foi servido aos participantes o caldo das Pereirinhas.
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