Como um projeto ainda em desenvolvimento pode já ter alcançado resultados? É o que acontece com o Embaixadores da Diversidade, promovido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos e patrocinado pelo Instituto Cooperforte.
A capacitação em diversidade e inclusão no mundo do trabalho para jovens com deficiência visual e profissionais de Recursos Humanos, que se iniciou em abril, está em pleno período de execução. O encerramento das oficinas está previsto para novembro e, mesmo antes disso, os resultados já são perceptíveis.
E o motivo desse sucesso também é evidente, depois que você conhece todo o processo do projeto, desde a concepção até a seleção dos participantes, e percebe um grande trabalho feito em equipe.
O primeiro grande resultado para a equipe é a participação ativa de todos, jovens e profissionais, em todos os encontros mensais. Isso já comprova a relevância do projeto, segundo a consultora de diversidade e parceira do projeto, Ivone Santana, do Instituto Modo Parités. “Os profissionais do RH estão agradecendo muito por essa oportunidade. Alguns dizem até que mudou a vida! Não é fácil deixar o trabalho e passar o dia fora, mas não temos faltas, então é sinal de que eles estão gostando e aproveitando bem”, completou.
Quem confirma essa importância é Nayda Zago, representante da empresa Faber-Castell. Para ela, participar da formação tem sido um enorme aprendizado. “Estamos vivendo na prática aquilo que vemos no papel, na TV, no rádio. A gente consegue se colocar no lugar do outro e isso é gratificante. Além do que, estamos levando algumas práticas para o nosso dia-a-dia, o que é muito legal”, concluiu.
A participação dos jovens também representa uma vitória, já que um dos grandes desafios era garantir a permanência da turma por um longo período, mesmo com suas necessidades imediatas de trabalho.
Caio Henrique de Sá, de 23 anos, (foto) é um deles. “Eu não tinha muitas expectativas quanto ao curso. Mas, hoje, posso dizer que a pessoa que sou é muito melhor do que a pessoa de quando eu entrei. Não tem como aprender tudo isso e não mudar algo”, afirmou o estudante do 8º semestre de Direito.
Outro resultado comemorado pela equipe tem sido a transferência do aprendizado para a prática. Como disseram a Nayda e o Caio, o Embaixadores da Diversidade tem provocado reflexões que fazem a turma se movimentar de forma diferente a cada encontro.
Rosângela Lourenço, assistente social e parceira do projeto, contou que “os jovens acabam se revendo em suas questões. Então, vamos devolver pessoas para o mercado de trabalho ricas de diálogo e não somente operacionais”.
Check Also
Tombamento do Complexo Esportivo do Ibirapuera é aprovado pelo Iphan
O tombamento definitivo do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, também conhecido como Complexo Esportivo do …