O economista Paulo Guedes, já anunciado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) como seu ministro da Fazenda, caso vença as eleições para presidente, propôs a criação de um tributo semelhante à extinta CPMF, que incide sobre movimentação financeira. Ele também pretende criar uma alíquota única do IR (Imposto de Renda) de 20% para pessoas físicas e jurídicas e aplicar a mesma taxa na tributação da distribuição de lucros e dividendos.
Restando pouco mais de duas semanas para a eleição, as declarações de Guedes provocaram eferverscência no mercado financeiro. Há um temor de que uma possível vitória de Bolsonaro provoque desequilíbrio na economia do País. O deputado federal é líder isolado nas pesquisas de intenção de voto.
A aposta de especialistas é que a presença de Bolsonaro no segundo turno está praticamente garantida. Mesmo internado após sofrer uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), o deputado federal continua subindo nas pesquisas e ainda não deu sinais de queda.
É fato que Bolsonaro tem forte apoio popular. Ele, inclusive, é o candidato com a maior capacidade de aglutinar eleitores em atos de campanha na rua. Chamado de “mito”, costumava arrastar verdadeiras multidões cada vez que saía para fazer campanha em ambientes externos.
O povo, no entanto, não aguenta mais tanto imposto. Não dá mais para o trabalhador pagar a conta para arrumar erros cometidos pelos políticos. As declarações de Paulo Guedes repercutiram muito mal entre os economistas. Não à toa, de dentro do hospital, Bolsonaro tratou de tentar tranquilizar o mercado, afirmando por meio das redes sociais que é contra o aumento de impostos.
Esse tipo de desencontro só serve para aumentar o clima bélico da campanha. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, reagiu rapidamente e afirmou que parte da intenção de voto em Bolsonaro é anti-PT. O tucano, assim, se coloca como único candidato com condições de derrotar Fernando Haddad (PT) e resolveu subir o tom dos ataques. Por isso, falou em um cenário “de escuridão” em caso de vitória tanto de Haddad quanto de Bolsonaro.
O Brasil precisa de candidatos que apresentem propostas que tirem o País do mar de lama que nos enfiamos nos últimos anos. O que se espera dos candidatos, sobretudo aqueles que disputam a Presidência da República, é a boa política. Na hora de definir o voto, o eleitor não quer o confronto de pessoas, mas sim de ideias. É preciso, mais do que urgentemente, reduzir a carga tributária e ajustar as contas públicas. O Brasil é um País com excessos de privilégios a uma minoria. O dinheiro público é gasto sem critérios.
Um País com 13 milhões de desempregados não se pode dar ao luxo de criar novos imposos e não pensar em alternativas para fazer a economia voltar a crescer com soluções que efetivamente melhore a vidas das pessoas.
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