Terreno da CDHU vira ponto viciado de descarte de entulho

Acúmulo de lixo, mato muito alto, uso coletivo para fins indevido como consumo de drogas, prática sexual e outros, são problemas encontrados no terreno de mais de 23 mil metros quadrados, na rua Farid Miguel Haddad, na Vila Liviero.
A área foi ocupada em julho de 2017 por cerca de 200 famílias. No mês de setembro os ocupantes foram retirados do local. O terreno que já era alvo de reclamações de moradores do entorno se tornou um lixão a céu aberto. Caminhar na calçada do terreno ficou impossível. O espaço dos pedestres foi ocupado por material de construção, restos de madeira de barraco, vasos sanitários e mato alto.
De acordo com os moradores do entorno, a situação começou quando as famílias ocuparam o terreno que pertence a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU). “O terreno estava com mato alto, mas depois da invasão virou um depósito de lixo”, afirmou uma moradora que não quis se identificar.
A área é um atrativo para descarte irregular. A reportagem do Ipiranga News visitou o local na terça-feira (27), por volta das 10h. Cerca de 10 minutos depois, uma Kombi parou no local e o motorista descarregou dois sacos grandes de entulhos no meio do terreno, em plena luz do dia, sem se preocupar com a nossa presença. Ao ser questionado sobre a ação, o homem ficou irritado e justificou informando que o bairro não tem local para descarte. O detalhe mais intrigante, a pouco mais de 4 km, na rua Italva, 86, está localizado o Ecoponto Vila das Mercês.
Com a sujeira, mato alto e a falta de higiene no local ficou comum a presença de ratos, moscas e baratas na região. “Moro aqui há anos e nunca tive problemas como estou tendo. Há um mês um rato entrou na minha casa. A situação está saindo do controle”, afirmou a moradora.
Fernanda Castro, moradora do condomínio no entorno da área, conta que, além de lixo, são depositados no local objetos como colchões, cadeiras e até recipientes com água parada, gerando a proliferação de muitos mosquitos.