A Prefeitura divulgou que São Paulo chegou à marca de mais de nove milhões de pessoas nos blocos, palcos e desfiles das escolas de samba durante todo o Carnaval, que abrange desde o período que teve início os primeiros blocos no dia 3 até a última terça-feira (13). É o maior público já registrado no evento. Somente de sábado (10) a terça-feira (13) a cidade recebeu 5,1 milhões de foliões. Ao todo, desfilaram mais de 180 blocos de rua na cidade. Neste ano, o grande polo de concentração de foliões foi a Avenida 23 de Maio. Ali, no circuito de Carnaval de Rua, entre domingo (11) e terça-feira (13), passaram mais de 2,5 milhão de pessoas em sete desfiles.
A gestão do prefeito João Doria (PSDB) fez a estimativa baseada nos números fornecidos pelos próprios blocos e no monitoramento feito pela administração, que utilizou drones e o helicóptero da Policia Militar para registrar imagens. No próximo fim de semana (dias 17 e 18) estão previstos novos blocos pela cidade, que devem arrastar multidões, sobretudo na Avenida 23 de Maio. A via, inclusive, faz parte do novo planejamento da festa na cidade feita pela Prefeitura. O local passou a mobilizar grande público com novo circuito de megablocos.
Entre erros e acertos, melhorias ainda são necessárias. Uma das principais queixas é que será preciso afastar os foliões de hospitais. Também é fundamental aperfeiçoar a sinalização e acabar com os tumultos após os desfiles. A transferência de blocos de Carnaval para a Avenida 23 de Maio, por exemplo, levou transtornos a moradores e a pacientes internados em hospitais da região. Foliões também relataram incômodo com as grades e barreiras de concreto na avenida.
No primeiro Carnaval de rua com a “lei do xixi”, que prevê multa de R$ 500 a quem urinar na rua, foram instalados por toda a cidade 21 mil banheiros químicos. Mesmo assim, a Prefeitura ainda aplicou multa a 396 foliões por fazerem xixi nas ruas.
Entre sábado (10) e terça-feira (13) também foram detidas 34 pessoas no Metrô por vandalismo, acionamento indevido do botão de emergência e descida aos trilhos, entre outras ocorrências. Pode-se considerar que o número é baixo. Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (SMT), durante os quatro dias de carnaval o Metrô transportou 8,7 milhões de passageiros.
Outro dado importante é que apenas cinco motoristas foram flagrados por ingestão de bebida alcoólica nos mais de 200 bloqueios feitos pela Polícia Militar durante o carnaval. Em 2017, foram 372 flagrantes. A explicação da Polícia para a redução é a recusa em fazer o teste do bafômetro. O número de motoristas que fizeram o teste do bafômetro neste ano diminuiu em relação a 2017.
Chamada de “túmulo do samba”, São Paulo agora tem um Carnaval que promete rivalizar com Rio de Janeiro e Salvador como os maiores do Brasil. A bem da verdade é que são necessários muitos ajustes. Não custa lembrar que relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município) apontou que a gestão Doria afrouxou várias exigências na licitação e no termo de parceria com a empresa Dream Factory, vencedora da concorrência para patrocinar e montar o Carnaval da cidade.
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