Abrindo em grande estilo a noite do Acesso, a Barroca atravessou a pista com muita tranquilidade no que se refere a evolução, além de contar com o canto intenso dos componentes na maior parte das alas. Apesar de não levar o título do Grupo de Acesso, a escola se manteve no grupo ficando em 3º lugar com 269,3 pontos.
A comissão de frente, coreografada por Roberto Negreiros, resgatou os antigos carnavais. Os figurinos leves, em preto e branco, facilitaram a evolução dos bailarinos durante a reprodução da coreografia ao longo da Avenida.
O tema se baseou na história da maior manifestação popular do Brasil e prometia revisitar as origens dos festejos pelas mais diferentes partes do planeta. “Visão, planejamento e vontade de reviver os melhores tempos”, disse o artista. Três pilares importantes para alcançar um esperado reencontro; há 12 anos a verde e rosa está distante da divisão de elite, onde foi protagonista, sobretudo, nos anos oitenta.
Alegorias bem acabadas, claras em sua leitura e usando efeitos de iluminação, deram uma nova cara ao Barroca. Fantasias super coloridas e bem realizadas, formaram um vibrante conjunto visual, bastante apropriado ao tema.
Curiosamente, foi no comando da bateria, item no qual a verde e rosa foi mais penalizada em 2017, que nada foi mexido. A dupla de mestres Fernando Negão e Acerola de Angola foi mantida. Além de impor um ritmo bem adequado para a sustentação do desfile, ainda arriscaram um grande paradão que levantou o pequeno público presente nas arquibancadas.
Aos 52 anos de idade, o cantor Pixulé acumula larga experiência e conhece os atalhos da arte de interpretar sambas de enredo. Nessa trajetória, registra passagens pela Leão de Nova Iguaçu, Império Serrano, Alegria da Zona Sul, Inocentes, São Clemente, Portela, Unidos da Tijuca e Unidos de Padre Miguel. Desde os ensaios, chamou a atenção pela qualidade de sua interpretação, dando um novo tom, musicalmente falando, para a escola.
Foi certeiro ao interpretar a obra criada por Sukata, Morganti, Jairo Roizen, Willian Tadeu, André Filosofia, André Valêncio, Robson Cezar e Tubino Meiners. Seu desempenho, já havia sido destaque na temporada de ensaios técnicos. A Barroca Zona Sul encerrou seu desfile com 58 minutos.
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