Tem pica-pau na Chácara Klabin

Andando pelas ruas esta semana, escutei um canto de pássaro diferente do que estou acostumada. Olhei pro alto, procurei por entre as árvores e lá estava ele, o Pica-pau-de-topete-vermelho, solitário, observando a cidade. Logo ele voou e deixou em mim a sensação de querer escutar aquele canto novamente. Pois não foi que ao continuar a caminhada escutei de novo aquele som que agora já me era um pouco mais familiar. Lá estava ele de novo, cantando, pulando de galho em galho e para minha alegria, não estava sozinho. Eram dois, provavelmente um casal.
Decidi observá-los um pouco e durante todo o tempo que estive lá dezenas de pessoas pararam para escutar o que não estão acostumadas a ouvir no caos da cidade. As aves de penacho vermelho eram difíceis de achar, mas todos faziam questão de saber de onde vinha aquele som tão peculiar. Pedestres e moradores paravam todos encantados. Até que depois de um tempo, veio a resposta para tal beleza no meio da cidade. O casal construiu um ninho e está alimentando seus dois filhotes numa árvore morta da Praça Cassiano Nogueira.
O pica-pau-de-topete-vermelho tem o corpo preto marcado por uma listra branca. Alimenta-se de frutas, mas também arranca a casca de árvores secas em busca de larvas de insetos. Agora, todos que passam pelo lugar são levados a olhar para o alto. As aves devem ficar no local até os filhotes ganharem independência. Enquanto isso, a praça ganhou mais quatro novos moradores. A vizinhança agradece.